Nove dicas para o bom uso da tecnologia

Durante muito tempo o C. E. Nicoláo Bastos Filho sonhou com um laboratório de informática. E, depois de muito sonhar, teve seu desejo realizado: estava lá, lindo, em uma sala que era o espelho do futuro. E agora? O que fazer com tanta tecnologia?
Foram inúmeras as tentativas frustradas. Docentes sem preparação e discentes diante de algo desconhecido para uma comunidade carente. As turmas iam para o laboratório com os professores apenas para conhecer as novas máquinas. A boa vontade do professor e o planejamento ainda não eram suficientes para que houvesse uma verdadeira inclusão dos alunos no mundo da tecnologia. Nem mesmo os professores sabiam como utilizá-los. Viviam dando defeitos e sendo deixados de lado.
Uma iniciativa do Governo do Estado do Rio de Janeiro, enfim, tornou o sonho mais próximo da realidade. Através dos cursos oferecidos pelo NTE (Núcleo de Tecnologia Educacional), da criação da função de Orientador Tecnológico e da contratação de técnicos especializados em manutenção de computadores os laboratórios escolares começaram a funcionar. E assim também foi no Nicoláo.
A partir daí, já motivados, os Orientadores Tecnológicos, em conjunto com os professores, passaram a pesquisar experiências bem sucedidas em outras escolas, unido-as aos seus conhecimentos adquiridos em cursos oferecidos pelo NTE e em sua prática educacional.

Em conversa com a Professora e Orientadora Tecnológica Fernanda Alvim Braga, procurei saber quais foram as estratégias utilizadas para que o laboratório hoje esteja em plena atividade. Ela resumiu tais estratégias em nove dicas simples que estão aqui apresentadas:

O INÍCIO
Se você quer utilizar a tecnologia em sala, comece investigando o potencial das ferramentas digitais. Uma boa estratégia é apoiar-se nas experiências bem-sucedidas de colegas.

O CURRÍCULO
No planejamento anual, avalie quais conteúdos são mais bem abordados com a tecnologia e quais novas aprendizagens, necessárias ao mundo de hoje, podem ser inseridas.

O FUNDAMENTAL
Familiarize-se com o básico do computador e da internet. Conhecer processadores de texto, correio eletrônico e mecanismo de busca faz parte do cardápio mínimo.
O ESPECÍFICO
Antes de iniciar a atividade em sala, certifique-se de que você compreende as funções elementares dos aparelhos e aplicativos que pretende usar na aula.
A AMPLIAÇÃO
Para avançar no uso pedagógico das TICs, cursos como os oferecidos pelo Proinfo (programa de inclusão digital do MEC) são boas opções.
O AUTODIDATISMO
A internet também ajuda na aquisição de conhecimentos técnicos. Procure os tutoriais, textos que explicam passo a passo o funcionamento de programas e recursos.
A RESPONSABILIDADE
Ajude a turma a refletir sobre o conteúdo de blogs e fotologs. Debata qual o nível de exposição adequado, lembrando que cada um é responsável por aquilo que publica.

A SEGURANÇA
Discutir precauções no uso da internet é essencial, sobretudo na comunicação online. Leve para a classe textos que orientem a turma para uma navegação segura.

A PARCERIA

Em caso de dúvidas sobre a tecnologia, vale recorrer aos próprios alunos. A parceria não é sinal de fraqueza: dominando o saber em sua área, você seguirá respeitado pela turma.